quarta-feira, 26 de maio de 2010

doce ilusão

Acho engraçado quando você fica olhando assim para mim, até adormecer. Doce ilusão a sua, quando me alisa os cabelos e crê que já peguei no sono, para então dar-me um beijo na testa e sussurrar-me aquele seu boa noite pontual. Ao fechar dos seus olhos, é que então abro os meus.

Talvez você queira saber o porquê de tamanho mistério e quem sabe até me dirá que posso observar-te a qualquer hora do meu dia e que não preciso esperá-lo pegar no sono para fazê-lo. Mas é que você, tão acostumado consigo mesmo durante o dia, nem imagina o quão suave se torna ao cair da noite, no relaxar dos sentidos. Ao se despir das armaduras você me revela um ‘eu’ interior que muitos desconhecem, você muda de feição, muda a respiração, você muda até de cor.
Fica assim meio indefeso, remetendo a lembrança a ver-te apenas como um menino, que sofrerá uma metamorfose ao longo da noite. Não sei ao certo como, pois sempre que te vejo como um menino pego no sono e apenas te encontro no outro dia, quando já és um homem por inteiro.
É que durante a noite você me faz acreditar que precisa mais de mim, do que eu de você. Meio quietinho, meio agitado, meio indeciso, assim calado. Quase primavera caminhando para o verão...

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