domingo, 25 de novembro de 2012


''Você deveria me ligar, qualquer hora dessas. Tenho uns filmes a recomendar. Uns trechos de música na cabeça, para ver se você me ajuda a descobrir se realmente existem. Tenho umas coisas para falar que são melhores sentidas. Venho me sentindo muito só. E faz parte do processo de, digamos, cura, querer admitir. A solidão é tranquila. Como atravessar a cidade em um ônibus vazio. Está bem, talvez não seja isso. Talvez ela nem ande de ônibus. Aliás, pode ser que ela nem seja capaz de andar. Mas certamente existe este lado nela: de ver tudo acontecendo e não poder parar quando quiser. Será se alguém já olhou nos olhos da solidão? Eu acho que ela desviaria o olhar.''

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