sábado, 22 de outubro de 2011




Não sei. Mas as esperas em nossas vidas vem se tornando cada vez mais exaustivas. O agora, em seu tempo, se tornou obra-prima inatingível. Porque eu quero a sua realidade pintada com as cores dos nossos segundos. Não queria que o cansaço viesse tomar conta de mim, o ar está ficando pouco. Afetivamente ando em pausas, não gosto desses desajustes, e não pretendo entregar os pontos como das últimas vezes. Pois outrora havia fechado as cortinas do tempo e me escondi.
Por isso meu calendário vez em quando parece findar em seus dias mais leves. Ele quer assim, untar as horas; nos seus minutos. E desde que o conheci renasce em mim girassóis, mas aquieta ainda as dúvidas, aqueles nuances nebulosos de ficar e fugir. Se és meu girassol, anseio florescer todos os dias em seu jardim.
Gosto desse compasso, dessa dança, do movimento da vida, desse palco que você me reina, que você me beija, que você me pega e abraça. Que você me poetiza, que você me tem tão sua, como nunca alguém me teve antes. Dessa leveza que você me traz. Dessas rimas tão bem encontradas. É tão bonito, me traz um ar tão puro. Uma brisa suave arrepiando minha pele todas às vezes que você chega, e descongestiona o ar.
Quero viver desses sorrisos que você me abre, me escancarar daqui, mesmo estando daí. E deslizar nossos pés nesses solos sagrados que unem chegadas. Moldar as minhas, com as suas mãos impreguinadas de nossas digitais. Enlaçando minhas pernas em seu colo assim: Corpo-a-corpo, totalmentes en-tre-gues. Amor, você quer vir junto?


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